Economia e Finanças

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Imobiliário

Autoconstrução dirigida pode aliviar pressão sobre o preço dos imóveis no país

O presidente da Associação dos Profissionais Imobiliários de Angola (APIMA), Cléber Corrêa, disse que a medida do Governo de disponibilizar, através do Programa de Autoconstrução Dirigida, quatro milhões de lotes até 2050 vai ajudar a aliviar a pressão sobre o preço dos imóveis.

Entrevistado pelo Jornal de Economia & Finanças do Jornal de Angola, o operador defende que é preciso que essas novas zonas de desenvolvimento “sejam amparadas por escolas, hospitais, transporte público, esquadra de polícia, e que tenham vida própria, não dependendo tanto do centro da cidade, senão a população perde muito tempo em transporte e gasta muito dinheiro”.

Sublinhou a necessidade de haver um programa do Governo para a compra de kits de construção, bem como uma orientação das administrações locais para a forma como as construções devem ser feitas e o “Estado deve lá colocar os serviços essenciais que os cidadãos necessitam”.

“Caso não haja os serviços em tempo hábil, corre-se o risco da região ficar abandonada”, alerta.

O presidente da APIMA considera “grave” o actual défice habitacional, estimado em cerca de 2,2 milhões de casas em todo o país.

“É uma situação muito grave, que faz com que os preços dos imóveis disponíveis subam, pressionando assim o índice inflacionário. Mais grave do que isso é a população não ter condição financeira para adquirir imóveis, sequer por financiamento bancário”, sublinha.

Cléber Corrêa disse mesmo que o sector imobiliário nacional está na “UTI”, com baixos sinais vitais.

“Apesar do juro baixo, lidamos com a falta de capacidade financeira da população e assim o mercado não se desenvolve. É preciso uma recuperação financeira da população para começar a haver mercado imobiliário”, adianta.

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