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Internacional

Banco africano de desenvolvimento consulta a sociedade civil da RDC sobre as necessidades de inclusão financeira das pessoas internamente deslocadas

Este projeto visa prestar assistência técnica para criar um ambiente favorável ao desenvolvimento do sector privado em zonas afectadas pela deslocação forçada de cidadãos congoleses

Segundo a nota de imprensa enviada ao Economia e Finanças, o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), organizou a 28 de fevereiro em Kinshasa, uma consulta com cerca de vinte organizações da sociedade civil para avaliar o Projecto de Promoção do Sector Privado e Inclusão Financeira de Pessoas Internamente Deslocadas na República Democrática do Congo (RDC). Esta missão permite a recolha de opiniões e comentários para o desenvolvimento do projecto.

Ao promover o investimento privado nestas áreas, o projecto espera contribuir para estabilizar a situação socioeconómica e melhorar as condições de vida das populações deslocadas”, explicou Victorin Salifou, especialista em digitalização no Banco Africano de Desenvolvimento.

A Diretora Geral do Fundo Nacional de Promoção e Serviços Sociais, Alice Mirimo, saudou a criação deste projeto, convidando os actores da sociedade civil congolesa a contribuir para a elaboração do projecto de apoio ao governo Congolês.

“O Banco Africano de Desenvolvimento está presente para apoiar o governo da RDC em termos de apoio aos deslocados internos”. Este é um projecto cuja fase piloto terá início na província de Grand Kasaï (no centro do país) e que será depois alargado a outras províncias do país”, acrescentou Alice Mirimo.

O principal objectivo desta consulta foi de recolher informações precisas sobre os deslocados internos e assegurar que o projecto esteja bem adaptado às suas necessidades. As organizações da sociedade civil que participaram no seminário expressaram o seu apoio à iniciativa, sublinhando a sua importância para as pessoas deslocadas à força. Congratularam-se com a abordagem participactiva adotada pelo Banco Africano de Desenvolvimento. Destacaram a necessidade de ter em conta a inclusão financeira das pessoas deslocadas à força, especialmente mulheres, que necessitam urgentemente de apoio financeiro e orientação para desenvolver actividades geradoras de rendimentos. As organizações da sociedade civil olharam também nos desafios de saúde enfrentados pelas pessoas deslocadas à força e apelaram a que fossem tomadas medidas adequadas para os enfrentar. A questão da educação das crianças e jovens deslocados foi também apresentada como uma preocupação.

“Apesar dos meios limitados à sua disposição, as organizações da sociedade civil continuam a prestar assistência às pessoas deslocadas à força”, disse Milenge Mwenelwata, chefe do ‘Syndicat d’entraide chrétienne’, uma das organizações da sociedade civil congolesa que apoia as pessoas deslocadas à força no país.

Os representantes da sociedade civil forneceram perspectivas chaves sobre as questões, desafios e oportunidades relacionadas com o projecto, que é apoiado pelo Banco Africano de Desenvolvimento, com 1,4 milhões de dólares.

Conflitos e desastres naturais resultaram na deslocação forçada de quase 12 milhões de pessoas na África Subsaariana em 2021, sendo o número para a RDC de cerca de três milhões, de acordo com o Centro de Monitorização de Deslocados Internos (IDMC).

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