Esta será a sua 13ª subida consecutiva das taxas, enquanto luta contra uma inflação inesperadamente rígida que corre o risco de se tornar um caso isolado a nível mundial.
Segundo o Jornal Económico português, depois do BCE é a vez do Banco de Inglaterra aumentar as taxas de juro em um quarto de ponto, avança a “Reuters” que estima que a subida ponha as taxas de juro a 4,75%, num máximo de 15 anos, em 22 de junho. Esta será a sua 13ª subida consecutiva das taxas, enquanto luta contra uma inflação inesperadamente rígida que corre o risco de se tornar um caso isolado a nível mundial.
Esta semana, os investidores apostaram que o Banco de Inglaterra poderia aumentar as taxas até 6% este ano – muito acima do que se espera da Reserva Federal dos EUA ou do Banco Central Europeu, e a um nível que não era visto na Grã-Bretanha desde 2000.
O governador do Banco de Inglaterra, Andrew Bailey, disse numa comissão parlamentar na terça-feira que a inflação estava a demorar “muito mais tempo do que o esperado” a descer e que o mercado de trabalho era “muito apertado”.
Andrew Bailey falou logo depois de os números oficiais terem revelado que os salários de base nos três meses até abril aumentaram 7,2% em termos anuais – o aumento mais rápido de que há registo, excluindo os períodos em que os dados foram distorcidos pela pandemia de Covid-19, segundo a “Reuters”.
Embora os salários continuem a diminuir quando ajustados à inflação, estes números levaram os mercados a aumentar as suas apostas na subida das taxas de juro do banco central e empurraram os rendimentos das obrigações do Tesouro a dois anos para o nível mais alto desde 2008.
Ontem, o BCE subiu a taxa de juros em 0,25% para os 4% e não ficará por aqui. A presidente Christine Lagarde referiu ser altamente provável um aumento de taxas também na próxima reunião de julho, tendo elevado as projeções de inflação e reduzido as de crescimento económico.
Marco Silva, consultor da ActivTrades, comentou as decisões que saíram das reuniões da Fed e do BCE, esta semana.
“No rescaldo da reunião do banco central norte-americano, que como se previa se decidiu por uma pausa na subida dos juros, já do lado europeu manteve o rumo do apertar do cinto, aumentando as taxas em 0,25%, e indicando que pelo menos mais uma se seguirá, no sentido de se conseguir controlar a inflação que se mantém bem acima do patamar máximo aceitável pelo BCE e os principais restantes bancos centrais do mundo”, sublinha Marco Silva.
“O facto de ficar claro que do lado europeu o movimento hawkish ainda não terminou, aliado à retórica francamente hawkish saída da reunião da Fed, com as previsões para o teto máximo dos juros por parte dos membros do banco a subirem para os 5,6%, funcionou para já como um tampão ao entusiasmo dos investidores, sobre a possibilidade de uma redução dos juros ainda este ano, tal como tinha sido descontado pelo mercado”, acrescenta o analista da ActivTrades.
Sign in to your account