Economia e Finanças

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Deloitte divulga este mês resultados do “Banca em Análise 2023”

A consultora e auditora Deloitte prepara-se para, ainda na primeira quinzena deste mês de Julho, apresentar ao mercado financeiro a edição de 2023 do estudo “Banca em Análise”, que aprecia as contas dos bancos angolanos referentes ao exercício económico de 2022.

É dos documentos de maior referência do sector bancário e financeiro, não só pela profundidade das abordagens junto dos operadores, mas também pela riqueza que disponibiliza aos analistas e entidades, cujo trabalho da banca as engaja.

Ao que soube o Jornal de Economia & Finanças de fonte da Deloitte, neste momento, está tudo preparado para a reunião dos maiores bancários, entre accionistas e gestores.

Na 16ª Edição do “Banca em Análise 2022”, o presidente da Deloitte Angola, José Barata, afirmou ser essencial que sejam definidos novos modelos de negócio, que permitam aos bancos assegurar um posicionamento diferenciado, tanto ao nível da segmentação de clientes, como de produtos e serviços, trazendo outras fontes de rendimento.

“Os bancos devem também reforçar os seus investimentos em tecnologia e na capacitação e retenção do capital humano, por forma a tornar a sua actividade mais eficaz e eficiente. Com este estudo, a Deloitte reforça o seu firme compromisso com Angola e com o seu sistema financeiro, no quadro de um conhecimento aprofundado e transversal da situação económica nacional e dos seus principais agentes”, disse.

Resultados trimestrais

Do lado do mercado, os bancos comerciais preparam também a apresentação dos respectivos relatórios semestrais, de  Janeiro a Junho de 2023, mas os balancetes trimestrais (Janeiro a Março) trazem “boas novas” para uns tantos e decepção para outros.

O “campeão” dos primeiros três meses deste ano é o público Banco de Poupança e Crédito (BPC). Conhecido pelos resultados negativos, diga-se prejuízos, que tem gerado ao longo dos últimos anos, o elenco do PCA Claudio Pinheiro parece ter encontrado a “fórmula mágica”, mas que como tem reafirmado o próprio é apenas trabalho árduo e em equipas coordenadas com foco nos resultados.

Em 2023, o BPC dá sinais e as indicações falam em lucros, saindo do vermelho habitual. O banco público, do edifício azul, em obras faz anos, na zona da Marginal de Luanda, passou de prejuízos de 75,3 milhões no 1º Trimestre de 2022 para lucros acima dos mil milhões de kwanzas entre Janeiro e Março deste ano.

O Banco Angolano de Investimentos (BAI) reflecte no seu balancete trimestral um lucro de 85,5 mil milhões de kwan zas, mas ressalta, no período, o crédito concedido a clientes avaliado em 408,3 mil milhões de kwanzas.

O banco BIC apresentou, por sua vez, um resultado líquido no 1º trimestre de 4,1 mil milhões de kwanzas. O activo do banco está próximo dos dois biliões de kwanzas e o crédito a clientes fixou-se nos 622 mil milhões.

Do lado do Banco de Fomento Angola (BFA), os resultados do 1º trimestre apurados cifraram-se em lucros de 34,2 mil milhões de kwanzas. O activo é de 2,7 biliões e o crédito concedido a clientes é de 445 mil milhões de kwanzas.

Já o Standard Bank mostra-se com um lucro de 12 mil milhões nos meses de Janeiro a Março de 2023 e um crédito cedido a clientes de 316 mil milhões de kwanzas.

O activo deste banco, dos BIG seven da banca angolana, está estimado em 1,08 biliões de kwanzas.

Estes cinco bancos, em conjunto, somam, apenas em três meses de actividade neste ano, cerca de 140 mil milhões de kwanzas em lucros, o que revela a “saúde” do sector financeiro angolano.

Fonte: Jornal de Angola

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