Uma intervenção do Estado junto do Ministério da justiça, a favor da viabilização da obtenção de titularidade de propriedade aos privados, precisa-se
Economistas, com todo respeito pela formação e graduações feitas no estrangeiro, confesso ter dificuldade em perceber o que falta para acertar.
De partida a diversificação da economia não deve ser vista como forma de ensaio linguístico, mas sim, é um desafio para cabeças pensantes.
Um país com tamanha desestabilização económica e social, com políticas públicas algo desencontradas com o contexto sócio-económico, a sua diversificação não deve passar por cada angolano criar uma galinha ou mesmo 5.
Um discurso por esta via tem várias interpretações e a mais simples é que está sem soluções.
Ora, hoje na dinâmica económica do mundo, os cidadãos precisam de Governos inteligentes, ou de outra forma, os governantes devem agir na busca da inteligência económica. O país ainda não dispõe de pressupostos básicos para caminhar rumo à uma diversificação da economia. Por exemplo, não existe confiança entre a banca e os cidadãos, não existe atracção da banca para investir na economia com elevados riscos de retornos em detrimento da compra de títulos da dívida pública que apresentam taxas aliciantes e retornos avultados e com segurança, a falta de titularidade da propriedade privada na maioria dos casos, a existência de elevadas somas em divisa só para importação e nunca paga a diversificação interna da economia, deixamos dinheiro suficiente guardado para importação de arroz, milho, feijão, etc., para 8 meses, enquanto em 3 meses podemos produzir todos estes produtos, visto que, dispomos de água, terra fértil e um clima favorável.
Os produtores que se dão por sacrificados, produzem, mas não conseguem escoar os mesmos produtos por falta de meios e vias, porquanto as prateleiras das lojas, repletas de produtos importados…. Só isto já mata a própria diversificação, mesmo com as nossas galinhas, não ressuscita.
É deveras preciso alinhar, para as finanças públicas empresariais.
Uma intervenção do Estado junto da banca a favor do investimento na economia, precisa-se.
Uma intervenção do Estado junto do Ministério da justiça, a favor da viabilização da obtenção de titularidade de propriedade aos privados, precisa-se.
Uma intervenção do Estado junto do MINEA, a favor da electrificação e distribuição da água nas zonas com infraestruturas industriais, precisa-se.
Uma intervenção do Estado junto dos Ministérios Da indústria e Agricultura, a favor de identificar e cadastrar os produtores e empreendedores nacionais, com vista a beneficiar subvenções e outras isenções fiscais, precisa-se.
Uma intervenção do Estado junto do Ministério da Construção, a favor da intervenção nas vias secundárias, terciárias, nas pontes e pontecos, para o escoamento de produtos, precisa-se. E tantas outras intervenções conducentes à uma diversificação da economia no verdadeiro sentido.
Sejamos reflexivos.
Economista José Nkana
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