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Economia

Insolvências aumentam 7% em maio com tendência de crescimento acumulado de 12%

“A conjuntura económica atual está marcada por alguma incerteza à escala mundial, nomeadamente devido à evolução da inflação. Este panorama económico não permite antecipar a longo prazo como vai ser a evolução das insolvências à escala nacional.”, defende o CEO da Cosec.

Os dados da Cosec– Companhia de Seguro de Créditos revelam um aumento das insolvências de 7% em maio, face ao mesmo período do ano passado, para um total de 197, registando uma tendência de crescimento acumulado de 12%.

O sector dos Serviços e o da Construção permanecem como as duas áreas de atividade mais afetadas pelo aumento das insolvências.  Já o sector do retalho, mantém-se sem alteração significativa face ao período homólogo, segundo a Cosec. Seguem-se os sectores da alimentação e têxteis, “este último registou um forte aumento face ao mesmo período do ano passado”, revela o estudo.

Relativamente à localização geográfica, o maior número de empresas insolventes situa-se nos distritos de Lisboa e do Porto, “devido ao maior número de empresas presentes destas áreas”. No entanto, o valor de insolvências aumentou em maior escala no Porto, comparativamente com Lisboa.

Em comuniccado, a seguradora de riscos de crédito diz que esta evolução “tem lugar numa altura em que,– e de acordo com um estudo recente da Allianz Trade, acionista da Cosec, intitulado: Past the peak, – European corporate margins down again?– os preços do petróleo deverão aumentar até ao final de 2023, como resposta às incertezas quanto à procura e oferta mundial da matéria-prima.

Os especialistas defendem que a economia mundial está resiliente, “pelo que a procura por petróleo permanece forte, conjugada com estimativas de um Verão positivo também levará a uma maior procura de combustíveis”.

A Arábia Saudita, o maior exportador mundial de petróleo, decidiu recentemente cortar a produção de petróleo. Esta medida constitui uma aposta estratégica destinada a estabilizar o mercado mundial do petróleo.

“A expetativa é que o compromisso da Arábia Saudita com o corte da produção ajude a diminuir a oferta existente no mercado, o que poderá fazer subir os preços do petróleo”, defende a Cosec.

Embora os preços do petróleo estejam em queda desde o início do ano, “não é de excluir uma mudança nesse cenário ao longo dos próximos meses”, defende a companhia.

“A conjuntura económica atual está marcada por alguma incerteza à escala mundial, nomeadamente devido à evolução da inflação. Este panorama económico não permite antecipar a longo prazo como vai ser a evolução das insolvências à escala nacional. Ainda assim, acreditamos que, no final do ano, as insolvências cresçam cerca de 19% em Portugal. Vemos, atualmente, alguns sectores como os Transportes e a Alimentação a serem mais afetados face ao início de 2022”, afirma Vassili Christidis, CEO da Cosec.

Fonte: Jornal Economico.pt

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