A medida continua em vigor em Espanha até “não atingirmos níveis de preços mais adequados”, revelou esta segunda-feira a ministra dos Assuntos Económicos, Nadia Calviño.

A Espanha vai manter a redução no Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) nos alimentos essenciais até que os preços baixem, anunciou esta segunda-feira a ministra espanhola dos Assuntos Económicos e da Transformação Digital. O Governo de Pedro Sanchéz considera que a inflação subjacente continua elevada está acima dos 6% – e justifica a decisão de prorrogação.

Desde que o IVA zero foi aprovado em Espanha, o Governo anunciou que manteria a redução até este mês de junho, ou até que o IPC – Índice de Preços no Consumidor subjacente não caísse para baixo dos 5,5%. “Posso confirmar que vamos manter a redução do IVA nos alimentos básicos enquanto não atingirmos níveis de preços mais adequados”, revelou ontem Nadia Calviño.

A medida que reduz o IVA de 10% para 5% para óleos e massas e o elimina (0%) para todos os alimentos básicos deverá continuar em vigor até depois das eleições legislativas, que estão marcadas para o próximo dia 23 de junho.

A ministra dos Assuntos Económicos de Espanha afirmou ainda que o Executivo do país vizinho prevê prorrogar outras normas de apoio às famílias e empresários, nomeadamente a redução do preço dos passes e bilhetes multiviagens nos transportes públicos, o desconto de 20 cêntimos por litro no combustível para o sector dos transportes rodoviários profissionais ou o auxílio às comunidades autónomas e câmaras municipais para a gasolina dos autocarros públicos.

“Espanha é o país que teve uma queda mais significativa da inflação. Caiu 5 pontos (percentuais) em cinco meses. Espanha está atualmente entre os países com a inflação mais baixa. Já estamos em torno dos 3%, ainda mais baixa se tivermos em conta os dados harmonizados em toda a Europa, e essa tendência de queda da inflação vai continuar. É o que todos os dados sugerem ao longo do mês de junho”, afirmou a governante, em declarações a partir da sede socialista na rua Ferráz de Madrid, divulgadas pela Reuters.

Em dezembro, aquando do anúncio da aprovação da medida, Pedro Sánchez explicou que o Estado iria alocar um total de 45 mil milhões de euros para proteger a classe média e trabalhadora e o tecido produtivo do país face ao aumento do custo de vida.

Fonte: Jornal Económico