Com o negócio, cujo valor não foi revelado, o Finibanco pretende consolidar o SCB Angola nas suas operações, visando reforçar a estratégia de corporate banking, apurou a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA.
O Finibanco Angola, com o apoio do Access Bank Plc, adquiriu 60% do Standard Chartered Bank (SCB) Angola e fez uma oferta à seguradora ENSA pelo saldo de 40%, apurou a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA em primeira-mão.
Com o negócio, cujo valor não foi revelado, o Finibanco pretende consolidar o SCB Angola nas suas operações, com o objectivo de reforçar a sua estratégia de corporate banking.
O Finibanco é detido maioritariamente pelo Access Bank, que na semana adquiriu uma participação de 51% do capital social do banco angolano ao Montepio Holding, SGPS, no âmbito da sua estratégia de expansão em África.
Entretanto, num comunicado tornado público hoje, Sexta-feira, 14, o Standard Chartered anunciou ter chegado a acordo para vender as suas subsidiárias na África subsaariana para o Access Bank da Nigéria, colocando em acção um plano anunciado no ano passado para alienar esses negócios.
Entre as subsidiárias que o banco vai vender a sua participação estão as de Angola, Camarões, Gâmbia e Serra Leoa à Access. Também venderá a sua posição de banco de consumo, privado e empresarial, na Tanzânia para o Access Bank, uma subsidiária da Access Holdings.
Está medida é sequência de um anúncio que o Standard Chartered havia feito, em Abril do ano passado, em que dava conta que sairia de sete países na África e no Oriente Médio (AME), justificada com a necessidade de melhorar os lucros, concentrando-se em mercados de crescimento mais rápido na região.
“O Access Bank fornecerá uma gama completa de serviços bancários e continuidade para as principais partes interessadas, incluindo funcionários e clientes dos negócios do Standard Chartered nos cinco países mencionados”, garante a instituição em um comunicado.
O documento acrescenta que “o acordo está alinhado com a estratégia global do Standard Chartered, visando alcançar eficiências operacionais, reduzindo a complexidade e impulsionando a escala”.
Entretanto, o comunicado não avança o valor do negócio, que deve ser concluído no próximo ano, sendo que os acordos estão sujeitos a aprovações regulatórias em cada um dos países, bem como na Nigéria.
“Esta decisão estratégica, nos permite redireccionar recursos dentro da região África e Oriente Médio para outras áreas com potencial de crescimento significativo”, referiu Sunil Kaushal, CEO regional do Standard Chartered para AME, ncitado no comunicado.
Segundo se lê, o referido acordo ajudará a Access Bank a construir uma “franquia global forte”, focada em servir como uma porta de entrada para pagamentos, investimentos e comércio dentro da África e entre a África e o resto do mundo.
“Com a nossa recente expansão europeia e a nossa presença aprofundada nos principais corredores comerciais em toda a África, preencheremos a lacuna entre transferências transfronteiriças e domésticas em todos os segmentos de negócios”, perspectivou o director-gerente do Access Group, Roosevelt Ogbonna, no comunicado citado pela Reuters.
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