Bens alimentares desaceleraram significativamente, ainda assim, a inflação em cadeia mantém-se positiva, o que significa que os preços continuam a subir.
A inflação homóloga em Portugal voltou a cair em abril, recuando 1,7 pontos percentuais (p.p.) para 5,7%, de acordo com a estimativa rápida do INE divulgada esta sexta-feira. Ainda assim, o indicador em cadeia mostra que os preços continuam a subir, embora a inflação subjacente tenha recuado pela segunda vez seguida.
Os preços subiram 5,7% quando comparado com igual período do ano passado, um recuo em relação aos 7,4% do mês anterior à boleia de nova redução nos bens energéticos. A componente da energia caiu 12,7% no mês em análise, dando seguimento à queda já registada em março. Também os produtos alimentares desaceleraram, crescendo apenas 14,1% em abril contra 19,3% no mês anterior.
“Importa referir que a grande maioria dos preços considerados no apuramento do IPC de abril foram recolhidos antes da entrada em vigor da isenção de IVA num conjunto de bens alimentares essenciais, pelo que os eventuais efeitos desta medida só terão efetivamente impacto” na leitura de maio, esclarece a nota do INE.
Excluindo estas duas componentes, as que normalmente apresentam maior volatilidade, a inflação subjacente voltou a recuar, tal como havia sucedido em março. O indicador core abrandou para 6,6% depois de ficar em 7,0% no mês anterior, embora tenha chegado a 1,1% em cadeia.
Estes valores colocam a média da inflação nos últimos doze meses em 8,6%, uma redução em relação aos 8,7% apurados no mês anterior. Olhando para o índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC), a medida de referência para as instituições europeias, a inflação nacional foi de 6,9% em abril.
Fonte: O Jornal Economico