Apesar da economia só ter crescido 0,2% e das perspetivas assinalarem um aumento de 0,3%, tratam-se de dados positivos dado a queda sentida em março.
A economia britânica revelou uma melhoria bastante ligeira no mês de abril mas, mesmo assim, conseguiu ficar aquém das expectativas. O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido cresceu 0,2% em abril, depois dos economistas preverem um aumento de 0,3%.
No entanto, tratam-se de dados positivos depois de uma queda de 0,3% no mês precedente. O retalho e as indústrias criativas puxaram pelo quarto mês do ano, enquanto a construção e manufatura tentaram afundar.
Este crescimento deveu-se ao menor número de greves ferroviárias sentidas em abril. De acordo com o “El Economista”, o sector dos transportes aumentou 0,5% no mês em análise, depois de uma quebra significativa de 1,7% em março.
Os serviços também verificaram um aumento de 0,3% em abril, depois da queda de 0,5% do mês anterior.
Os economistas da Capital Economics admitem que o “aumento do PIB não é tão bom como parece”. “A sensação é que a economia continua a ser bastante resistente às taxas de juro elevadas. Esta resistência aumentará ainda mais as esperanças de que a recessão já não será provável. Mas não nos convence”, dizem os analistas consultados pela publicação.
“Acreditamos que as taxas de juro têm de subir mais para esmagar a inflação, desde os atuais 4,5% até ao máximo de 5,25%. É por isso que pensamos que temos uma recessão a chegar no segundo semestre deste ano”, aponta a economia Ruth Gregory da Capital Economics.
No entanto, estima-se que algumas áreas de atividade tenham sentido quebras temporárias em abril por causa de várias greves. As greves dos médicos em formação levaram o sector da saúde a cair 0,9% em abril, enquanto as greves dos funcionários públicos fizeram com que a Administração Pública perdesse 0,1%.
A produção industrial e de manufatura observou uma contração de 0,3% em abril, depois de uma forte subida em março. A construção caiu 0,6% no mês em análise.
Fonte: Jornal Económico