O preço do material de construção, ao longo do primeiro trimestre do ano em curso, registou uma notável redução, nos principais armazéns da cidade do Huambo, o que está a garantir a retoma de muitas obras, antes paralisadas por causa dos custos elevados que eram praticados.
A informação foi prestada por alguns comerciantes ouvidos nesta quinta-feira na cidade do Huambo, pelo Jornal de Angola, tendo referido que os preços praticados localmente, dependem dos principais fornecedores nacionais e internacionais.
O cidadão mauritaniano Mohamed Sidi, proprietário de uma das lojas, referiu que, o varão de aço, chapa de zinco, tubos (pvc), tecto falso (pladur), cimento, tintas e acessórios de plásticos, fazem entre outros, os materiais mais comercializados nos últimos dias, por terem registado uma redução dos seus preços.
Apontou, a título de exemplo que, o varão de aço de referência de 12 milímetros, há meses atrás, era comercializado por 7 mil e actualmente, baixou para 4 mil kwanzas, mesma referência de varão sem aço, custava 5 mil e reduziu para 3mil e 500 kwanzas.
O varão de 6 milímetros agora está no valor de mil e 300, contra os dois mil e 500 kwanzas, o cimento agora custa três mil e cem, contra os anteriores 3 mil e 600, cimento cola custa mil e 300, antes era mil e 800.
A chapa de zinco de três metros, antes era comercializada no valor de 3 mil, passou para 2 mil, o balde de tinta de 15 litros também baixou, independentemente da qualidade.
Mohamed Sidi, disse que dentro do pacote de preços, apontou que o contraplacado é o material que até hoje não registou baixa, estando a ser comercializado ao preço de 12 mil kwanzas.
O preço de um camião de brita varia entre 150 a 200 mil kwanzas, contra os anteriores 100 e 120 mil kwanzas, a pedra que era comercializada ao valor de 45 mil, passou a ser vendida a 70 mil kwanzas e área ao custo de 45 mil contra os 35 mil kzs até o ano passado.
Mohamed Sidi que vive no Huambo há 14 anos, exerce o comércio de todo tipo material de construção, tendo proporcionado emprego a 25 angolanos, maior parte jovens antes envolvidos no mundo da delinquência.
Por seu turno o outro comerciante, Abdul Haman considerou que o baixar dos preços, ser um importante indicador para o desenvolvimento do mercado da construção, e se consegue identificar o grau de intensidade das actividades do sector.
“Apesar da redução de preços dos materiais de construção, o pagamento do frete nos camiões de Luanda para distintas províncias, continua caro, porque os camionistas não baixaram devido ao custo elevado de pneus e outros acessórios sobressalentes”.
Sublinhou que o índice de preços de materiais de construção é um sinal da melhoria da situação económica do país.
O cidadão Aurélio Kussuma, que se encontrava num dos armazéns a comprar varões e cimento, certificou que desde o mês de Novembro do ano passado, se registou a redução substancial de preços, o que os motivou a reiniciar com as obras que paralisada há mais de três anos.
Certificaram que há cinco anos já chegaram a ponto de comprar um varão com aço ao valor de 7 e 8 mil kwanzas e o cimento a 4500 kwanzas.
Como eles, outros cidadãos nesta época, viram-se obrigados a desistir de levantar obras e quebrar o sonho da casa própria devido aos preços exorbitantes.
Consideraram que se o Executivo apostar na produção local dos materiais de construção, sem contar tanto com a importação, os preços vão baixar ainda mais, o que pode propiciar mais emprego aos jovens e o sonho de casa própria.
Fonte: Jornal de Angola
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