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Requalificação da Vila da Muxima custa ao cofre do estado, mais de 160 mil milhões de kwanzas

O projecto de requalificação da Vila da Muxima, no município da Quiçama, província de Luanda, representa, nas suas duas componentes de financiamento, um investimento total de mais de 300 milhões de euros, equivalente a pouco mais de 160 mil milhões de kwanzas.

De acordo com a ministra das Finanças de Angola, Vera Daves de Sousa, que falava esta quarta-feira 5 de abril, à margem de uma visita ao projecto, há uma componente de 150 milhões de euros, financiada pelo Governo português, e que abrange a construção de moradias e outros equipamentos sociais.

Entre os referidos equipamentos da componente um (1) contam-se também as mais de 500 moradias em construção, neste momento, para o realojamento dos actuais moradores assim como da construção da futura Vila da Muxima, que se espera vir a ser um pólo de atracção de investimento privado nacional e estrangeiro, após conclusão.

A segunda componente do financiamento de 86 mil milhões de kwanzas (mais de 150 milhões de euros), disse a ministra, é referente a construção da Basílica e todos os serviços complementares, suportado pelo Governo angolano, através do financiamento de um banco local.

“Estamos a trabalhar com os dois financiadores em simultâneo para garantir também que as obras tenham o mesmo período e cumpra-se a previsão de 36 meses para a conclusão”, disse a ministra das Finanças.

Vera Daves de Sousa, que acompanhou ontem, o ministro das Finanças de Portugal, Fernando Medina, na visita às obras em curso no projecto de requalificação, afirmou que o Governo angolano está ciente do valor social, económico, cultural e também religioso que representa a Vila da Muxima.

“À semelhança do momento do lançamento da primeira pedra (ocorrida em Julho de 2022), ficamos bem impressionadas e tivemos a oportunidade de partilhar este sentimento com o senhor ministro das Finanças de Portugal, a quem temos a honra de receber nessa que, certamente, é a sua primeira de muitas visitas a Angola, e que marca um novo momento, um novo ciclo de maior dinâmica no que diz respeito à cooperação financeira entre os dois países”, disse a ministra.

Vera Daves de Sousa lembrou estarem a actuar em Angola várias empresas portuguesas, sobretudo no sector da Construção Civil, tendo, contudo, realçado a existência de mais espaços para o aprofundamento da cooperação.

Relativamente ao projecto, a ministra das Finanças disse que o mesmo agrega o mérito de colocar-se à disposição não só dos peregrinos e de quem faz turismo religioso à Básilica, mas também da requalificação da Vila da Muxima e colocar infraestruturas para beneficiar os moradores, incluindo um quadro habitacional com melhor qualidade.

 
Recuperação do investimento

Sobre como o Estado vai recuperar o investimento aplicado na requalificação da Vila da Muxima, a ministra Vera Daves de Sousa entende que em primeiro o ganho a valorizar é o social, pelos benefícios que as obras trazem aos munícipes. Também criam-se, com o projecto, infra-estruturas e zonas para o comércio, hotelaria e turismo, que depois vão, certamente, atrair a iniciativa privada, mais actividade comercial, geração de empregos directos e indirectos e estes empresários e os beneficiários dos serviços e postos de trabalhos criados são, seguramente, contribuintes do Estado.

 100 das mais de 500 moradias previstas já estão finalizadas
O Gabinete de Obras Especiais (GOE), que coordena a execução das obras de requalificação da Vila da Muxima, deu a conhecer, ontem, durante a visita realizada ao local pelos ministros das Finanças de Angola e de Portugal, que, até ao momento, estão já finalizadas 100 das mais de 500 moradias previstas no microplano, que vão servir para realojar os habitantes da sede da Muxima.

Segundo o coordenador do Macro-Projecto, Adilson Teixeira, as obras de edificação das moradias estão a ser executadas pelo consórcio Casais e Omatapalo, que deverão executar a totalidade das habitações no prazo previsto de 36 meses a contar do lançamento da 1ª Pedra, em Julho de 2022, pelo Titular do Poder Executivo e Presidente da República, João Lourenço.

Fonte: Jornal de Angola

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